Minha arte na sala de aula: julho 2010

Baú do Professor vol. 02 - 2ª Parte.

Eu quero, eu quero, eu quero...

Crises de birra são comuns entre os pequenos. Como elas podem acontecer na escola também, esteja preparada para lidar com a situação.

"Não, você não pode fazer isso". Ao ouvir frases negativas como essa, muitas crianças reagem gritando, chorando,esperneando, se jogando no chão, atirando objetos longe ou na direção das pessoas. É a famosa birra, que duram um minuto, mas é o sufiente para tirar qualquer um do sério. A birra é uma reação ao "não", é a forma que a criança que ainda não consegue se expressar claramente por meio da fala usa para conseguir o que quer. Ela sabe que não pode, mas não aceita e, então, tenta vencer o adulto pelo cansaço. Até os 2 anos a criança é puro corpo e o usa para se comunicar com as pessoas e o mundo. Crises de birra podem acontecer em casa, na rua e também no ambiente escolar. Por isso, os professores devem estar preparados para lidar com a situação da melhor maneira possível.

O que fazer

A birra acontece porque há platéia. A criança percebe que fazendo birra na frente das pessoas ela chama a atenção. O papel do adulto é o de não reforçar esse comportamento, deixando claro para a criança que ela não conseguirá o que quer por meio da birra. A pediatra Ana Maria Escobar recomenda a desprezoterapia, ou seja, ignorar a criança e deixá-la chorar. Claro, ficando atento para não deixá-la se machucar, porque algumas costumam se debater e bater a cabeça na parede durante as crises. É impossível conversar com a criança durante a crise, porque ela perde os "sentidos". Se você não acudi-la, depois de duas ou três vezes que for ignorada ela irá parar de fazer, porque verá que aquela estratégia não funciona. Ao não ceder à manha você enfraquece esse comportamento.

Texto retirado da revista Guia Prático para professores de Educação Infantil.